Ele se chamava Cometa.
Não era tão brilhante quanto muitos
conhecidos corpos
celestes, mas não costumava passar pelos
céus sem que o
notassem.
Um dia, conheceu a beleza definitiva. E
ela se chamava
Lua.
E conheceu que Lua não era somente
absurda beleza, mas
inacreditável candura, indescritível
alma, essência e
simplicidade.
As fagulhas tímidas de Cometa passaram a
ter razões. E,
tendo razões,
tornaram-se rastro de luz que, por onde
passava,
descrevia sempre
uma parábola na forma de um sorriso.
A cumplicidade que se construiu foi algo
que inspirou os céus.
Tornaram-se confidentes de uma forma
natural, como
é típico das amizades estabelecidas na
confiança e no
respeito.
Cometa às vezes se esquecia de sua
origem simples e
queria ter atitudes de estrela. Mas Lua
tratava logo de
chamá-lo a recolocar-se em sua rota. Por
sua vez Lua, que
era sempre muito centrada, às vezes
deixava cobrir-se de
sombras que escondiam seu rosto radiante
e belo. Mas
Cometa escrevia com seu rastro umas
bobagens no céu
para que ela voltasse a sorrir.
Os meteoros – que têm esse nome porque
gostam de se
meter na vida
dos outros corpos da galáxia – dizem por
aí que Cometa e
Lua já não se
veem com tanta frequência, mas que
continuam amigos
como sempre.
Dizem que Cometa ajustou a sua rota e,
de acordo com
ela, tem contatos esporádicos com Lua.
E, dizem ainda,
após esses contatos pode-se notar o céu
mais claro.
São os rastros de Cometa; é Lua, cheia
de luz.
Espetacular!!!
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