No cinza desta tarde úmida e fria,
aos olhos destes rostos sonolentos,
os meus decassílabos pensamentos
distantes, em lampejos de poesia
buscando a luz dos sóis imaginários
que banham vales em longínquas terras;
verdejam campos e desenham serras;
dormem nos mares, soam campanários.
Na frieza do cinza desta tarde,
paredes gélidas, ecos de vozes
e tua presença contida e serena.
No entardecer desta cinza frieza,
só teu perfume me prende ao instante.
Só teu olhar é que me vale a pena.
...
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