sábado, 1 de novembro de 2014

CAMPO HARMÔNICO


Uns arpejos pálidos procuram por teus olhos.
E por estes dedos trêmulos, descompassados,
tentam buscar a justa razão por que te puseste ausente.
Agora é momento de as palavras se fitarem,
provocarem situações para que a verdade, serena,
desperte.
Ao som de discretos acordes, porém, te encontro apenas
em tímidas recordações.
Será que vagam - esses olhos - por esta mesma cidade,
por esta mesma rua?
Será que os seres alados, que há dias rondam minha
janela,
são mensageiros do reino distante em que, agora,
habitas?

Se forem, direi a eles que te espero, todas as noites,
na mesma pracinha de outrora.
Eu e meu violão...

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